CNPq destina mais de R$ 2,7 milhões para pesquisas na UFMS, estando os pesquisadores do PPGEE entre os contemplados.
Esta notícia divulgada pela UFMS teve importância especial para este programa de pós-graduação que teve dois projetos aprovados, entre os 7 da UFMS. Segue uma breve descrição destes projetos:
Sistema 6G – Pré-Distorsor Digital sintetizado em FPGA com uso de Inteligência Artificial
Um dos projetos está na linha de pesquisa de inteligência computacional aplicada, proposto pelo professor Edson Antonio Batista. A pesquisa será desenvolvida em parceria com o pesquisador José Augusto de Lima, do Departamento de Eletrônica da Universidade de Carleton, em Ottawa no Canadá, e aborda o desenvolvimento de sistema de controle e linearização de dispositivos eletrônicos (Amplificadores de Potência) para atender as especificações do sistema de comunicação com tecnologia de sexta geração (6G). Este projeto proporciona a atuação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFMS em uma área estratégica para a soberania nacional e o desenvolvimento tecnológico regional.
Neste projeto, será desenvolvido um circuito integrado pelas equipes do Brasil e do Canadá, com objetivo de promover a qualificação de pesquisadores da UFMS em tecnologia de Circuito Integrado Monolítico de Microondas (MMIC – Monolithic Microwave Integrated Circuit) e atuar na formação de futuros pesquisadores brasileiros nesta área. O foco central do projeto está em realizar uma entrega com nível de maturidade promissor para a indústria, aliada com o impulsionamento de uma linha de pesquisa estratégica que envolve o uso de Inteligência Artificial, tecnologia FPGA e circuitos integrados de microondas com aplicabilidade em telecomunicações.
“A parceria entre as duas instituições fortalece a rede de pesquisa global em tecnologias de comunicação avançadas. O laboratório canadense terá como principal objetivo projetar e coordenar a fabricação de circuitos integrados de RF (MMIC). A UFMS participará em todas as etapas do projeto dos circuitos de RF envolvendo, além de mão de obra especializada, pesquisadores para capacitação no tema e geração de massa crítica”, comenta Batista. Entre outras possibilidades, os recursos servirão para adquirir ferramentas específicas ao desenvolvimento do pré-distorção digital e amplificador de potência de alta frequência, realizar missões na universidade canadense e adquirir módulos para testes.
Sistema inteligente para otimização da operação de eletropostos com conversores de potência especializados, filtros ativos e inteligência artificial
Sobre este projeto, o coordenador professor Moacyr Aureliano Gomes de Brito comenta: “Nosso propósito é contribuir para a inovação tecnológica e a sustentabilidade no setor de recarga de veículos elétricos buscando desenvolver um sistema inteligente para a operação dos eletropostos. Um ponto-chave é que a rede de energia elétrica não está preparada para receber a inserção massiva de carregadores. Neste sentido, o uso otimizado focando na demanda suportável, na sustentabilidade e que possa se adaptar dinamicamente às condições da rede e ao comportamento dos usuários poderá garantir a viabilidade e a escalabilidade de sistemas de recarga”.
O carregador desenvolvido deve servir de suporte à rede elétrica, melhorando o fator de potência da instalação, garantindo assim melhor aproveitamento energético. “O projeto vem de uma chamada estratégica do CNPq para a formação de um grupo de apoio com brasileiros que residem e trabalham em centros de pesquisa no exterior. Neste contexto, nossa proposta tem como parceiro estratégico a Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. Essa é uma maneira que vemos de fortalecer o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFMS, um passo interessante para a busca de internacionalização de nosso programa de pós-graduação, além da transferência de conhecimento entre as partes”.